Equipamento de baixo custo para detecção rápida de doenças infecciosas é desenvolvido no Amazonas com o apoio do Governo do Estado

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Até o final de 2016, o Amazonas contará com um equipamento de baixo custo para detecção rápida de doenças infecciosas, como tuberculose, hanseníase, malária, clamídia e dengue que está sendo desenvolvido no Amazonas com apoio do Governo do Estado, via Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

equipamentos

O equipamento está sendo desenvolvido pelo vice-diretor de Pesquisa do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), Felipe Naveca, com objetivo de tornar o diagnóstico molecular acessível aos laboratórios com pouca estrutura.

Segundo Naveca, o protótipo do equipamento é desenvolvido com o apoio do Serviço Nacional da Indústria no Amazonas (Senai-AM) e pode ser uma alternativa para o Estado. Os estudos recebem aporte do Governo do Estado via Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS).

“Com a metodologia bem estabelecida e o equipamento pronto poderemos usar para diagnosticar outras doenças. A ideia é que seja um equipamento simples que poderá ser usado por laboratórios com mínimo de recursos. Queremos mostrar que isso é possível, que podemos ter um diagnóstico molecular mais barato na rede pública de saúde”, disse Felipe Naveca.

Apesar do zika vírus não estar incluso nas investigações das metodologias simplificadas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa, que conta os principais agravos amazônicos, segundo Naveca, a doença também poderá ser diagnóstica pela tecnologia. “Como o zika é um vírus que emergiu muito recentemente, não podemos incluí-lo no projeto, mas a tecnologia desenvolvida poderá ser usada para outros patógenos, incluindo o zika”, informou o pesquisador.

Como funciona – O pesquisador explicou que a metodologia se dá da seguinte forma: a amostra coletada será misturada com reagentes específicos e, depois, colocada no protótipo que manterá, durante uma hora, a temperatura ideal (em torno de 65º) para que ocorra a reação.

Ao final da reação, o equipamento faz uma leitura e conforme a mudança de cor emite um alerta de amostra positiva. O projeto prevê a interação dessas informações com dispositivos móveis, como celular e tablets.

De acordo com pesquisador, a integração das ciências biológicas e exatas tem sido importante para o andamento do projeto de pesquisa. Ele informou que a partir do estudo, novas propostas de pesquisa estão surgindo e deverão ser consolidadas no futuro.

“Juntar duas áreas de conhecimento, aparentemente distintas, nós da área Biológica e da Saúde e os profissionais da eletrônica e das Engenharias do Senai, foi bem interessante nesse projeto. Falamos qual era nossa necessidade e eles (Senai) estão desenvolvendo (o aplicativo) em parceria conosco. Nós temos conversado sobre novas propostas e amadurecendo outras ideias para novos testes diagnósticos”, disse.

Sobre o PPSUS – Desenvolvido em parceria com o Ministério da Saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), consiste e apoiar, com recursos financeiros, projetos de pesquisa que visem à promoção do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação na área de saúde no Estado do Amazonas.

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