“Velha Serpa”: Itacoatiara é um dos municípios mais belos do Amazonas

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Itacoatiara é um município localizado na Região Metropolitana de Manaus, no estado do Amazonas. É a terceira cidade mais populosa do estado, com 99 854 habitantes, de acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017.[5]

Considerada um dos maiores pólos agropecuário da Região Norte do Brasil,[9] a cidade vem ocupando uma relevante posição nacional, sendo considerada uma das mais dinâmicas do Brasil[10] Ocupa uma área de 8 891,993 km²,[4] representando 0.5661 % do Estado, 0.2308 % da Região e 0.1047 % de todo o território brasileiro.[11] Desse total 10,2412 km² estão em perímetro urbano.[12]

O município possui uma temperatura média anual mínima de 25 °C e de 34 °C como média máxima. Na vegetação do município predomina o bioma amazônico. Em relação à frota automobilística, em 2009 foram contabilizados 22 580 veículos.[13] O município contava, em 2009, com 106 estabelecimentos de saúde.[14] O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,711, sendo considerando inferior à média nacional, e comparado com o IDH do estado, que foi de 0,780.[15]

A cidade é conhecida como Cidade da Pedra Pintada[16] por possuir na entrada da área urbana uma pedra pintada com um escrito indígena do tupi ou nheengatu itá: pedra; e coatiara: (pintado, gravado, escrito, esculpido) que deu origem ao nome atual da cidade. Itacoatiara possui um importante porto fluvial, responsável por uma grande quantidade de transporte de cargas, sendo o segundo maior porto fluvial escoador do país, pois chegam diariamente cargas vindas de cidades como Belém, Cuiabá, Manaus e Santarém.[17]

A vegetação, típica da região amazônica, é formada por florestas de várzea e de terra firme, tendo, ao seu redor, um relevo composto por lagos, ilhotes e uma pequena serra.[18]

Etimologia

Mapa de 1562 da região do rio Amazonas.

O nome Itacoatiara, que segundo a ortografia vigente deve ser grafado Itaquatiara, é originário da língua indígena e significa “Pedra Pintada”,[19] devido as inscrições gravadas em algumas pedras localizadas no rio Urubu em frente à cidade. Teve como primeiros habitantes os índios Muras, Juris, Abacaxis, Anicorés, Aponariás, Cumaxiás, Barés, Jumas, Juquis, Pariguais e Terás.[20]

Itacoatiara é um vocábulo indígena que significa pedra pintada, pedra escrita. Procede do tupi ou nheengatu itá: pedra; e coatiara: pintado, gravado, escrito, esculpido.

História

Em 1655 é criada pelo Padre Antônio Vieira a missão Arroquis na Ilha Albi. Em 1757, os habitantes da Aldeia dos Abacaxis são transferidos para a outra margem do Rio Amazonas (margem esquerda), onde está atualmente a cidade de Itacoatiara. Na foz do rio Mataurá, afluente do Rio Madeira, Frei João Sampaio fundou, nos meados do século XVIII, o primeiro núcleo de povoamento na região do atual município. Todavia, os constantes ataques dos silvícolas e a procura de terras propícias à colonização motivaram a retirada dos habitantes para a ribeira do Canumã e mais tarde para o rio Abacaxis. Por esse último local passou, em 1755, o Capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Governador do Grão-Pará e Maranhão que, em carta dirigida ao Ministro de Ultramar (1758), descreveu a viagem e especificou as deliberações tomadas em sua visita às terras amazonenses. Existem controvérsias quanto à origem da povoação, pois há os que admitem ter o padre Antônio Vieira criado uma missão de Aroaquis, numa das ilhas próximas de Itacoatiara – a de Aibi, em 1655.[21] No ano de 1759 a aldeia de Itacoatiara é elevada a vila, com a denominação de Serpa, nome de origem portuguesa. Foi a terceira vila instalada no Amazonas, antecedida apenas por Borba e Barcelos. Era, então, das mais importantes aglomerações da região.[22] Suprimido o município em 1833, dois anos depois era assolado pela Cabanagem, sedição que veio a terminar em 1840.[21] A restauração verificou-se em 1857. Mais tarde, em 1874, a vila de Serpa recebeu foros de cidade passando a denominar-se Itacoatiara. Depois de Manaus e Tefé foi a primeira localidade amazonense a ter categoria de cidade.[23]

Itacoatiara, na língua Tupi-Guarani, significa pedra pintada; entretanto, segundo Antônio Cantanhede, em Outras Histórias do Amazonas, o topônimo tem a seguinte decomposição: Itá – pedra; Coati – o mamífero; Ára – o que nasce.[24]

Formação administrativa

Em 28 de novembro de 1830, pelo Ato Estadual nº. 45, o município de Urucará é anexado ao de Itacoatiara.[25] Em 14 de setembro de 1931, pelo Ato Estadual no. 33, o município de Urucurituba também é anexado ao de Itacoatiara.[26] Em 1935, com a reconstitucionalização do estado, Urucará e Urucurituba retornam à condição de municípios.[27]

História recente

Em decorrência do crescimento demográfico de Itacoatiara, que atualmente ostenta a posição da terceira cidade mais populosa do Amazonas e uma das maiores em população da região Norte, o município foi incluído à Região Metropolitana de Manaus em 2008.[28] Possui atualmente 8,991  km²[4] e seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,711.

Geografia

Itacoatiara está localizado na porção centro-leste do estado, na microrregião de Itacoatiara e na mesorregião do Centro Amazonense, numa área de baixo planalto, com uma pequena inclinação em direção aos cursos d’água. Localiza-se a uma latitude 12º44’26” leste e a uma longitude 60º08’45” oeste, estando a uma altitude de 612 metros.[29] Possui uma área de 8.600 km² e seu território tem como limite as cidades de: Manaus, Urucará, Rio Preto da Eva, Nova Olinda do Norte, Silves, Itapiranga e São Sebastião do Uatumã.[30] Localiza-se na Região Metropolitana de Manaus.[4]

Região metropolitana

Imagem de satélite da Região Metropolitana de Manaus, à qual Itacoatiara pertence.

A Região Metropolitana de Manaus, também conhecida como Grande Manaus, foi criada pela Lei Complementar Estadual nº 52 de 30 de maio de 2007. A Região metropolitana é formada por mais sete cidades: Manaus, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Careiro da Várzea, Iranduba, Manacapuru, Novo Airão. Inicialmente, o município de Manacapuru não era acrescentado à região metropolitana da capital, porém, com a construção da Ponte Rio Negro, que ligará a capital ao interior do estado.[28]

A Região Metropolitana de Manaus, à qual pertence Itacoatiara, é a maior Região metropolitana do Brasil em área territorial, com 101 474 km².[4] Com 2 106 866 habitantes, é a mais populosa da Região Norte brasileira e a décima primeira mais populosa do país, de acordo com o censo demográfico realizado pelo IBGE em 2010.

Turismo

Itacoatiara é um dos maiores destinos turísticos no Amazonas, recebendo um elevado número de turistas que visitam as praias, lagos e igarapés das proximidades, que contam com diversos hotéis de selva.[107]

A cidade alcançou em 2005 o oitavo destino mais procurado na Região Norte do Brasil por turista em viagens de negócios, segundo a EMBRATUR a cidade ficou atrás somente de Manaus, Belém, Palmas, Boa Vista, Porto Velho, Rio Branco e Marabá. O ecoturismo, também chamado de turismo de natureza, atrai milhares de turistas ao município.[107] Entre as atrações naturais da cidade, destacam-se: a Praça Central de Itacoatiara, que possui grandes prédios em construção contrastando com a grande arborização que é a marca da cidade. Também destacam-se festas populares, como a festa do padroeiro, o festival da canção, o museu de Itacoatiara, além do ecoturismo.[108]

A cidade também possui praias, lagos e prédios históricos localizados nas ruas do Cais do Porto, atualmente o agronegócio também tem trazido turistas a cidade, em busca das feiras agropecuárias e rodeios realizados ao decorrer do ano.[108]

Festival da Canção de Itacoatiara

Ver artigo principal: Festival da Canção de Itacoatiara

É o principal evento da cidade, atrai todos os anos milhares de turistas, além disso vários artistas populares brasileiros e regionais se apresentam nos dias da festa

Fontes: Wikipédia, IBGE e Prefeitura Municipal de Itacoatiara

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