Setembro Amarelo: especialistas alertam para a prevenção do suicídio

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O diálogo é uma das soluções para conter o suicídio”. O alerta foi feito por especialistas em saúde mental que, nesta quarta-feira (13), participaram do II Simpósio de Prevenção ao Suicídio do Amazonas, no Auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O evento, realizado pela Diretoria de Saúde da Casa, faz parte do Setembro Amarelo, campanha que visa alertar a população para a realidade do suicídio e suas formas de prevenção.

ALEAM
Foto: Divulgação Diretoria de Comunicação da ALEAM

Com o apoio dos deputados, os trabalhos foram abertos pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Abadala Fraxe (Podemos), que colocou a Casa à disposição para eventos dessa natureza. “Por se tratar de uma causa nobre e justa a Assembleia não pode se furtar de colaborar, apoiando as entidades envolvidas na prevenção, inclusive na criação de uma legislação pertinente no Estado que possa ajudar a evitar o suicídio”, frisou.

Em sua palestra, a médica psiquiatra Alessandra Pereira disse que para cada ato cometido ocorrem entre 30 e 40 tentativas. Isso significa dizer, conforme a especialista, que em Manaus a cada momento entre 100 e 120 pessoas estão pensando em se matar. “As pessoas não compreendem que suicídio é uma urgência médica, que precisa ser tratada como qualquer doença”, assinalou.

De acordo com a psiquiatra, os fatores de risco passam por transtornos mentais os quais estão presentes em mais de 90% daqueles que cometem suicídio, antecedentes familiares, sexo, idade, relações familiares, abuso de substâncias, problemas físicos e outros.

Na opinião do presidente da Associação Amazonense de Psiquiatria (AAP), Cleber Naief, a realidade estadual é coerente com o Brasil, o oitavo país com a maior taxa de suicídios do mundo. “Cerca de 30 pessoas se matam diariamente no país, entre os jovens houve crescimento de 30% em dez anos”, disse. No Amazonas, o especialista afirmou que ocorrem mais de 90 suicídios por ano.

Diante dos números alarmantes, o diretor de Saúde da Aleam, Arnoldo Andrade, disse que a Casa Legislativa tem obrigação de abrir esse espaço para discutir esse problema com a sociedade, haja vista os números serem altos para ficar calado. “Nós sabemos que o suicídio é um grande problema, mas pouca gente fala e discute o tema”, lamentou o médico.

A programação do Setembro Amarelo também tem o apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJAM), Defensoria Pública do Amazonas, Conselho Federal de Medicina, Clínica Equilíbrio Saúde e Bem Estar, Centro Médico Mais Saúde e Prefeitura de Autazes.

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