Protesto popular contra o governo Dilma foi tema em destaque na CMM

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O protesto contra o governo de Dilma Rousseff, ocorrido no domingo (13), em todo o Brasil, foi tema principal na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A maioria dos parlamentares usou a tribuna do Pequeno Expediente, na manhã desta segunda-feira (14), para manifestar suas opiniões em torno da ação popular.

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Foto: Milena Di Castro

O primeiro a levantar o assunto foi o presidente da Casa, vereador Wilker Barreto (PHS), ao ressaltar que manifestação é uma reflexão do povo acerca  do que ocorre na política brasileira e o que a “má” política traz como consequência. O parlamentar reforçou, ainda, dizendo que não vê estabilidade futura para a manutenção do governo petista.

“Os economistas não conseguem enxergar um melhor desenvolvimento para o Brasil nem em 2018. O Brasil está à beira do abismo. Essa é a pior recessão política da história do Brasil”, criticou Wilker Barreto.

O vereador Mário Frota (PSDB), que acompanhou o protesto realizado na Ponta Negra, zona Oeste de Manaus, enxerga o movimento como um pedido de “socorro” dos brasileiros e disse que é preciso dar um basta na corrupção. “O povo não aguenta mais tanta corrupção. Esse é o momento oportuno para que a presidente Dilma renuncie o poder”, frisou Frota.

Por sua vez, a vereadora Socorro Sampaio (PP) iniciou o seu pronunciamento mostrando a manchete da manifestação estampada na capa dos jornais.  “O povo foi para as ruas e quer resultados e não mais politicagem. O país precisa ser passado a limpo”, disse a vereadora.

“A manifestação foi necessária porque mostrou mais uma vez a força do povo brasileiro em busca de melhorias, porém é preciso que as lideranças se unam para recolocar o Brasil na condição do desenvolvimento”, disse o vereador Joãozinho Miranda (PTN).

Na mesma linha, o vereador Ceará do Santa Etelvina (DEM) acrescentou que o manifesto popular é reflexo da insatisfação popular com o governo de Dilma Rousseff. “Agora o povo acordou e mostrou o seu repúdio contra a corrupção e o descaso com o Brasil”, disse o parlamentar.

“Fico feliz pela mobilização dos brasileiros que foram às ruas de forma ordeira protestar contra a corrupção política e o descaso, principalmente com a  Saúde e Educação”, observou Dr. Ewerton Wanderley (PSDB).

“Não podemos deixar passar despercebido o dia 13 de março de 2016, como um dia diferente, quando o povo se manifestou pra dizer que o Brasil não está bem, e que existe um povo dizendo que é preciso repaginar o país. Hoje o Brasil está doente, está na UTI e precisa se recuperar”, disse o vereador Professor Samuel (PHS).

Defesa

Na mesma oportunidade, os petistas Rosi Matos, Waldemir José e Professor Bibiano também defenderam a manifestação deste domingo. Para eles, o protesto não envolve apenas os petistas envolvidos e sim a corrupção de todos os políticos e partidos também envolvidos nos escândalos políticos do país. “O PT é um partido que realiza bons programas, mas a desunião de lideranças partidárias é claramente mostrada na disputa do poder. Não há uma crítica construtiva de ideias”, disse Rosi Matos.

Contrário do que pensam os tucanos, o vereador Professor Bibiano afirmou que Dilma não pode renunciar, porque estaria assumindo um crime que não cometeu, mas sim ela (Dilma) quer que as lideranças deixem as bandeiras políticas de lado e se unam para pensar na solução dos problemas do Brasil. “Temos que começar a amadurecer e buscar soluções para o desenvolvimento do país. O povo não vai embarcar nessa onda da crise política”, contestou Bibiano.

Para Waldemir José, o protesto traz várias informações que precisam ser colocadas em pauta, principalmente na questão da crise, principalmente por conta da desestabilidade da Petrobras, que é responsável por 13% da economia, o que causa efeito à economia do país. “É preciso que as pessoas compreendam que a nossa economia foi colocada em xeque, porém ressaltou que o Brasil é a sétima melhor economia do mundo, mesmo no momento de crise”, destacou o parlamentar.

Waldemir José citou, ainda, a questão do desemprego no Brasil, o que custou para o Amazonas a perda de 35 mil postos de emprego, no setor produtivo de Manaus, ao observar que no auge do governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), o Distrito Industrial tinha em torno de 40 mil empregos, e hoje tem 92 mil. “É preciso lembrar que, apesar da crise, mas o dinheiro do Brasil não parar no Fundo Monetário Internacional (FMI) nenhuma vez no governo do PT, ao contrário do governo FHC em oito anos, o país foi três vezes”, lembrou o petista.

Contrapondo o que disse Waldemir José, o líder do governo, Elias Emanuel (PSDB), apontou que, em 2002, no governo FHC, o número de trabalhadores no Distrito Industrial não era de 40 mil, e sim chegava a uma média anual de 57 mil e o pico foi em 2011 com 126 mil trabalhadores. “Desse período até hoje, o que se tem é um arco de declínio. No ano passado fechamos com 100 mil operários e tivemos uma perda de 35 mil postos de trabalho Polo Industrial de Manaus (PIM)”, observou Elias Emanuel.

Em relação ao protesto de domingo, Elias Emanuel espera que haja um processo de amadurecimento na política brasileira e não de retrocesso. Também manifestaram suas opiniões em relação ao manifesto os vereadores Arlindo Junior (PROS), Rosivaldo Cordovil (PTN) e Luis Neto (PSDC).

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