Projeto estuda os efeitos do exercício físico na qualidade de vida de portadores de Alzheimer

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Medir a influência do exercício físico na qualidade de vida de pacientes com o mal de Alzheimer é o objetivo do novo projeto do Núcleo Multiprofissional de Reabilitação Neurofuncional da Universidade Federal do Amazonas (Proneuro/Ufam). Desenvolvido em parceria com o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), o projeto selecionará 40 pacientes na fase inicial ou intermediária da doença. No estudo, os participantes passarão por um programa de treino com duas modalidades combinadas – aeróbio e resistido – durante seis meses.

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“Evidências mostram que pacientes de doenças neurológicas que praticam atividades físicas tendem a melhorar suas atividades cotidianas básicas, como tomar banho, caminhar a curta distância”, explica a coordenadora do projeto, professora Roseanne Autran. “A ideia do nosso programa é verificar o efeito dos treinos aeróbio e resistido combinados, pois a maioria dos estudos é relacionado somente ao treino aeróbio (bicicleta, caminhada)”, esclarece.

“O treino resistido seria o treino de força, o que aumenta os ganhos de massa muscular, de força e de habilidades cognitivas. Nossa hipótese é que a junção dos dois treinos levará a um rendimento superior, de melhoria de características cardiovasculares”, informa Roseanne. “Outras melhorias seriam o controle da hipertensão arterial e a melhoria das capacidades funcionais”, aponta.

O Ledehu será um dos laboratórios onde serão realizadas as atividades do projetoA ideia é que os pacientes com Alzheimer já venham encaminhados pela equipe de neurologia do HUGV.  Isso não impede, no entanto, que pacientes de outros hospitais participem do estudo. “Os critérios de participação são que o paciente esteja na fase inicial ou intermediária da doença, a partir dos 55 anos de idade e com independência funcional”, elenca a professora.

Independência funcional é caracterizada pela capacidade do indivíduo de realizar atividades diárias, como levantar, caminhar, segurar um copo, entre outras. Pacientes externos ao HUGV devem apresentar exames e diagnósticos que comprovem a fase inicial da doença.

Atenção para a família

Roseanne revela que o projeto também avaliará o cuidador do paciente com Alzheimer. “A família passa por muitas mudanças quando se tem um familiar ou conhecido com alguma doença neurológica. O programa beneficiará os dois lados”, afirma.

Os cuidadores passarão por avaliação psicológica e será feito um levantamento sobre a frequência com a qual eles praticam atividades físicas. Serão oferecidas ainda palestras e atividades de conscientização sobre o Alzheimer.

Com informações da Universidade Federal do Amazonas
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