Logo na primeira semana da gestão de Amazonino Mendes, Liliane Araújo que era apontada como renovação, foi detentora de mais de 64mil votos de protestos nas urnas da eleição suplementar de 2017, e que segundo suas declarações sofreu ameaças dentro do partido durante o processo eleitoral , tomou a decisão de sair do PPS, porque o partido iria apoiar Amazonino Mendes.
“Não compactuo com a decisão tomada pelo PPS, não vou apoiar nem ‘A’, nem ‘B’, em respeito aos votos que tive, amigos e família. Não serei incoerente com o meu discurso. Muitas lideranças surgiram e depois destruíram a carreira por conta de ser incoerente. Eu não faço parte disso”, disse Liliane. “Acabou o primeiro turno, eu decidi ficar com a minha família. É um direito que eu tenho. Sofri ameaças e perseguições dentro do partido. Não posso me calar. Como mulher e cidadã, não posso ficar calada diante de tanta sujeira que existe dentro do partido e principalmente do partido que eu estava”. disse a jornalista ao A Crítica no dia 18.08.2018 –
Leia: http://www.acritica.com/channels/eleicoes-2016/news/liliane-araujo-anuncia-saida-do-pps-e-diz-que-nao-apoiara-candidatos-no-2-turno
A jornalista foi a primeira que cedeu, suas ideologias foram sucumbidas por um cargo na gestão de Mendes.
No período eleitoral Liliane Araújo enviou Nota Oficial para a imprensa declarando:
…”Quero dizer que desejo sorte ao próximo governador, mas entendo que os dois candidatos representam a continuidade desse velho grupo político que governa o nosso Estado há mais de trinta anos e que apenas vem se revezando no poder. Por tudo isso não é cabível qualquer apoio de nossa parte a qualquer uma das duas candidaturas. Ressalto também que o apoio a um dos dois candidatos no 2º turno pelos demais candidatos que disputaram o pleito no 1° turno, demonstra a incapacidade deles de representar legitimamente o desejo de mudanças clamado pelo cidadão amazonense e comprova que a “nova política” não pode ser um atributo daqueles que aderem tão rapidamente ao retrocesso.
Na entrevista coletiva da candidata do PPS, ela também relatou que foi trancada numa sala do partido e coagida a desistir de sua candidatura para apoiar Rebecca Garcia (PP) isso ainda no primeiro turno.
“Chegaram a me coagir dentro de uma sala do partido. E vou citar nomes: Manoel Almeida, Arnaldo Reis e Elcy Barroso (presidente do PPS)”, disse Liliane.
Ao que tudo indica não há inimigo que Amazonino Mendes não consiga transformar em amigo, Manoel Almeida que já chamou o Governador do Amazonas de “ PRINCIPAL INIMIGO DOS ESTUDANTES”, em 2009, em manifestação ateou fogo em uma foto simbolizando o prefeito de Manaus, que na época era Amazonino, participou do “MOVIMENTO FORA NEGÃO”, junto com o PCdoB, pedindo a saída do então prefeito da capital do Amazonas. Agora, no início de 2018, “manoelzinho” também está caminhando de mãos dadas com o “inimigo”, vai assumir um cargo na Administração de Amazonino Mendes.
MOVIMENTO FORA NEGÃO: Veja: http://pcbam.blogspot.com.br/2009/07/movimento-fora-negao.html
Em meio a essa oposição ruidosa, cheia de controvérsias, há quem diga que ainda vão surgir muitos aliados que eram declarados “inimigos” do governador, um total desarmamento de opositores, ano eleitoral é assim, cheio de surpresas.
O “ NEGÃO É LEGAL”, ou não?
Alguns segundos de conversa, “olho no olho”, é o suficiente para que o Líder Político, que veio lá de Eirunepé, para fazer história na política do Amazonas, eleito quatro vezes governador do estado pelo voto do povo,tenha argumentos para desarmar anos de trajetória de vida política,de discursos artificialmente polarizados,de gente que pediu votos pela primeira vez.Sim,aqueles que surfaram na onda da renovação dos quadros políticos do estado, os que se conceituavam o ‘NOVO”, logo, perceberem que o ‘’NEGÃO É LEGAL” , comprovando que o novo pode continua sendo a antiga política.
No segundo turno da eleição suplementar (precisamente vinte dias do mês de agosto-2017) Manoel Almeida, deixa o discurso ácido, contundente e ferrenho que tinha contra Amazonino Mendes, e todas as palavras proferidas ao governador ficaram no passado.
Agora, a grande dúvida é : será que existe realmente o “NOVO”? ou é apenas uma estratégia para se alcançar os políticos tradicionais?
Amazonino parece se inspirar na clássica frase atribuída a Getúlio Vargas nos bastidores políticos: “Não tenho inimigo de quem não possa me aproximar nem amigo de quem não possa me distanciar.”