Inpa realiza obra de implantação do sistema de tratamento de água dos tanques dos peixes-bois

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O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), por meio do Laboratório de Mamíferos Aquáticos, realiza obras de implantação da estação de tratamento e reciclagem das águas residuais dos três tanques dos peixes-bois. O objetivo é melhorar a qualidade de vida dos animais e a observação desses mamíferos aquáticos. Com a filtragem e movimentação permanente das águas, o observador terá maior visibilidade da parte interna dos tanques, o que facilitará o estudo para conservação da espécie.

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Foto: LucietePedrosa -INPA

Durante as obras, as visitas aos tanques que ficam na área do Bosque da Ciência continuarão normais. Para reduzir transtornos, há sinalização e informações orientando o público. As obras são realizadas com o apoio da Universidade de Quioto com o patrocínio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), por meio do Museu na Floresta, projeto que teve início em julho de 2013 e segue até julho de 2019.

De acordo com a secretária-executiva do Projeto Museu na Floresta, Estéfani Fujita, o tratamento e reuso da água dos tanques dos peixes-bois reduzirá o consumo de água em até 60%. Esses tanques são abastecidos com a água do subsolo, e uma vez por semana passam por manutenção com a retirada dos resíduos de alimentação (verduras e capim) e de fezes dos animais. Parte da água residual dos tanques abastece o Lago Amazônico onde vivem algumas espécies de quelônios e peixes.

“Com a estação de tratamento, a água reutilizada no tanque será completamente limpa. Isso reduzirá a quantidade de água retirada do subsolo”, diz Fujita.

Para o sucesso e obtenção de um resultado satisfatório da estação de tratamento, o LMA está reduzindo o número de animais nos tanques com a transferência de peixes-bois para o semicativeiro, em um lago de 13h, no município de Manacapuru (68 km de Manaus); após adaptação, os animais são soltos na natureza. Atualmente, 21 animais vivem no semicativeiro. A proposta é que fiquem apenas um total de 12 peixes-bois nos tanques do Inpa. Hoje são cerca de 50.

Há 40 anos o Inpa estuda os peixes-bois da Amazônia. Nos últimos dois anos, 12 animais resultantes de capturas ilegais foram reabilitados pelo LMA e devolvidos à natureza, com a participação ativa das comunidades ribeirinhas da RDS-Piagaçu-Purus. O Programa de Reintrodução recebe o apoio do Museu na Floresta.

“Essas obras de infraestrutura feitas pelo Museu na Floresta em áreas do Inpa trarão novas possibilidades de pesquisas e visitação e vão contribuir na formação de recursos humanos e para a conservação da biodiversidade Amazônica”, destacou a pesquisadora do Inpa e coordenadora no Brasil do Projeto Museu na Floresta, Vera Silva.

A obra, que teve início em julho, tem previsão de oito meses de duração e implantará três tanques-filtros num sistema de tratamento de alta tecnologia, que utilizará ozônio, garantindo a qualidade da água que irá para os tanques dos animais.

Um dos engenheiros responsáveis pela obra, Cleomir Mendonça, explica que o ozônio é um gás natural existente na atmosfera e é 100 milhões de vezes mais eficaz que o cloro. “O gás será produzido no local da estação de tratamento e introduzido nos tanques”, diz.

Museu na Floresta

O Museu na Floresta é um Projeto de Cooperação Internacional entre o Inpa e a Universidade de Quioto (Japão) com o patrocínio da Jica (Agencia de Cooperação Internacional do Japão )e tem a duração de 5 anos. Teve início em julho de 2013 e segue até julho de 2019.

Conforme a coordenação, o Museu na Floresta é uma rede de reservas naturais com instalações adequadas para propiciar pesquisas e observação da natureza, tanto dos habitats como da vida selvagem, incluindo animais em cativeiro e semicativeiro, visando a conservação das espécies e proporcionando mecanismos para o desenvolvimento de programas de educação ambiental e ecoturismo, envolvendo as comunidades locais e a população em geral.

Além da restauração da torre de observação e pesquisas da ZF-2, reinaugurada em julho deste ano, como parte das atividades do Museu na Floresta, também será feita a renovação da exposição da Casa da Ciência, propiciando maior interação dos visitantes com as informações que serão apresentadas.

O Museu construirá, ainda, uma base de pesquisas e observação na área do rio Cuieiras, também na ZF-2.

Essas obras de infraestrutura em áreas do Inpa trarão novas possibilidades de pesquisas e visitação e contribuirão na formação de recursos humanos e para a conservação da biodiversidade Amazônica.

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