Ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro,condenado por pedofilia, agora é acusado de ameaçar testemunhas

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Adail Pinheiro, ex-prefeito da cidade Coari, no Amazonas, preso desde fevereiro do ano passado e condenado por chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes, é alvo de uma nova denúncia do Ministério Público, agora por subornar e ameaçar de morte, de dentro da cadeia, as vítimas de estupro que testemunham contra ele. As informações são do Fantástico, da Rede Globo. Pinheiro foi condenado a onze anos e dez meses de prisão. O ex-prefeito cumpre pena em um batalhão da Polícia Militar em Manaus, capital do Estado.

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De acordo com o Ministério Público, pelo menos duas mulheres de uma mesma família, que sofreram abusos quando crianças, foram coagidas a mudar seus depoimentos. “Seria um valor de 100.000 reais para cada. Ou a gente aceitava o dinheiro ou ia começar a morrer alguém da nossa família”, contou ao Fantástico uma das vítimas. O plano inicial de Adail Pinheiro e de seu filho, conhecido como Adailzinho, era esconder as vítimas até o dia do julgamento. Para isso, eles alugaram dois apartamentos em um bairro nobre de Manaus. O procurador-geral de Justiça do Amazonas, Fábio Monteiro, conta que Adailzinho pagava pelas despesas, uma vez que seu pai estava na cadeia. O advogado de defesa do ex-prefeito, Fabrício de Melo, também estaria envolvido.

desembargador responsável pelo caso, no entanto, não aceitou que os depoimentos fossem alterados. Por isso, uma advogada ligada a Adail, Elizabeth Cavalieri, levou as vítimas a um cartório, onde ficaria registrado que elas mentiram nas acusações de estupro. De acordo com uma vítima, Elizabeth estava com um rascunho e ela mesma ditou o novo depoimento. Depois, as vítimas assinaram.
O esquema foi denunciado ao Ministério Público por um parente das vítimas. Foi ele também quem as convenceu a contar a verdade. Na última quinta-feira, o MP denunciou o ex-prefeito, seu filho Adailzinho e os advogados Fabrício de Melo e Elizabeth Cavalieri por falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção ativa de testemunha e formação de quadrilha.

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