Esse preconceito vai até onde?Rafaela Silva reclama de abordagem policial: “Preto não pode andar de táxi”

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Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na noite de quinta-feira (22/2) a campeã olímpica Rafaela Silva utilizou uma rede social para fazer um desabafo, a judoca declarou que foi vítima de uma abordagem ofensiva da Polícia Militar na Avenida Brasil, no Rio de Janeiro, quando viajava de táxi do Aeroporto Internacional Tom Jobim para a sua casa, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.

Rafaela é Nascida e criada na Cidade de Deus, uma das áreas de maior pobreza e violência da capital fluminense, a campeã  se sentiu discriminada com a abordagem.

Fiquei indignada, todo mundo na rua olhando para minha cara como se eu tivesse feito algo errado. Esse preconceito vai até onde?  escreveu Rafaela na última postagem no Twitter. – A gente no Rio de Janeiro tem que passar essa vergonha. Preto não pode andar de táxi, porque deve estar assaltando ou roubando? – publicou a judoca.

Segundo postagem no Twitter de Rafaela a viatura parou o seu táxi no meio da Avenida Brasil. Armados, os policiais pediram que Rafaela saltasse do táxi para uma revista. Antes de reconhecerem a campeã olímpica, os militares perguntaram à judoca onde ela morava. Rafaela disse totalmente  constrangida por ter saltado do carro para ser revistada em meio a um trânsito intenso.

Confira o relato de Rafaela no Twitter:


Rafaela Silva
✔@Rafaelasilvaa

Chegando hoje no Rio de Janeiro, peguei um táxi pra chegar em casa! No meio da av Brasil um carro da polícia passar ao lado do táxi onde estou e os policiais não estava com uma cara muita simpática, até então ok

Quando o taxista encostou eles chamaram ele pra um canto, quando olhei na janela outro policial armado mandando eu sair de dentro do carro, levantei e sai, quando cheguei na calçada ele outro pra minha cara e falou… trabalha aonde?

Eu respondi… não trabalho, sou atleta! Na mesma hora ele olhou pra minha cara e falou… vc é aquela atleta da olimpíada né? Eu disse… sim, e ele perguntou… mora aonde? Eu falei, em Jacarepaguá e estou tentando chegar em casa

Na mesma hora o policial baixou a cabeça entrou na viatura e foi embora! Quando entrei no carro novamente o taxista falou que o polícia perguntou de onde ele estava vindo e onde ele tinha parado pra me pegar

E o taxista respondeu… essa é aquela de judo, peguei no aeroporto e o polícia falou… ah tá! Achei que tinha pego na favela.

Isso tudo no meio da av Brasil e todo mundo me olhando, achando que a polícia tinha pego um bandido, mas era apenas eu, tentando chegar em casa.


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