Comissão vai a governador pedir que Estado participe da discussão sobre PlanMob

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Os integrantes da Comissão Especial de Análise do Plano de Mobilidade Urbana de Manaus vão marcar, ainda esta semana, um encontro com o governador José Melo (PROS) para pedir uma maior participação e acompanhamento de órgãos da administração estadual nas audiências públicas para discussão do PlanMob-Manaus, uma vez que Estado e município precisam trabalhar em conjunto a partir da implementação do plano.

MANAUS, 25/11/15 SUPERINTENDENTE DA SMTU, PEDRO CARVALHO APRESENTA O PLANO DE MOBILIDADE URBANA PARA COMISSAO ESPECIAL  DE ANALISE DO PLANO DE MOBILIDADE URBANA DA CIDADE DE MANAUS NA CAMARA MUNICIPAL DE MANAUS. FOTO: ROBERVALDO ROCHA / CMM
FOTO: ROBERVALDO ROCHA 

A decisão foi anunciada, na tarde de quarta-feira (25), ao final da primeira audiência pública realizada pela comissão na qual o superintendente municipal de Transportes Urbanos, Pedro Carvalho, fez uma explanação do plano que tem como objetivos tornar o transporte coletivo mais atrativo que o motorizado, promover a melhoria continua dos serviços, equipamentos e instalações relacionadas à mobilidade urbana, tornar a mobilidade um fator positivo para o desenvolvimento da cidade, tornando-a ainda um fator para inclusão social.

Durante a exposição técnica aos vereadores e convidados presentes, Pedro Carvalho explicou que o plano resultou de estudos que indicam um crescimento acentuado no número de veículos automotores, enquanto o transporte coletivo perde participação. Ele defendeu a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), que exige investimentos de R$ 2,6 bilhões, tem boa capacidade de transporte, ser o modal que oferece melhor flexibilidade e que melhor se adequa à realidade de Manaus.

A cidade de Manaus, de acordo com a exposição do superintendente da SMTU, tem uma baixa capacidade de transporte, por não ter evoluído neste setor nos últimos dez anos. “Precisamos de novas vias estruturantes para permitir deslocamentos com mais rapidez”, afirmou, acrescentando que 31% das reclamações do transporte público dizem respeito à lotação e tempo de espera, em decorrência da segregação que é imposta pelos automóveis

Segundo ele, Manaus carece de um sistema integrado e de racionalização do transporte coletivo e de contar com pelo menos dez terminais de integração. Enquanto a população cresce, o úmero de passageiros não aumenta porque cada vez mais o transporte público deixa de ser atraente.

O centro da cidade – sustentou o superintendente da SMTU – ainda continua sendo o principal polo gerador de viagens, quando o ideal é que esse adensamento fosse espalhado para outras áreas da cidade. Os deslocamentos são feitos à custas de muitas voltas por causa do excesso de entroncamentos existentes nas vidas públicas. E para piorar as barreiras impostas pelos igarapés que cortam a cidade aumentam ainda mais os transtornos.

Ele observou que, em 2035, prazo para o qual está sendo concebido o PlanMob, mais de 300 mil pessoas estarão se deslocando em horário de pico. “Se não for feito nada para melhorar e torna atraente o transporte público, não sei como conseguiremos andar. A tendência natural é que os problemas do trânsito de agravem, e as pessoas percam muito mais tempo para se deslocar”.

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