Combate à tuberculose está entre as prioridades do Governo do Estado

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Foto: Bruno Zanardo/Secom

O novo secretário de Estado de Saúde, Francisco Deodato, afirmou que o combate à tuberculose será uma prioridade na gestão do governador Amazonino Mendes. “O Amazonas é hoje o Estado com maior número de casos, portanto, deve ser avaliado de forma diferente pelo Ministério da Saúde. Além disso, iremos procurar o secretário municipal de Saúde de Manaus para pedir seu envolvimento para o enfrentamento da tuberculose, uma vez que a capital amazonense registra 70% dos casos”, afirmou o secretário de Estado, durante a abertura do I Simpósio Estadual de Tuberculose e HIV do Amazonas, nesta segunda-feira, 16, na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM).

“A luta contra tuberculose é de todos, nas últimas décadas ocorreram avanços na área de diagnóstico, assistência e na descentralização do serviço, mas ainda há o abandono de tratamento e a subnotificação de novos casos da doença no interior”, explicou Francisco Deodato.

O Amazonas registrou no ano passado 67.2 casos de tuberculose a cada 100 mil habitantes, mais que o dobro da média nacional, que foi 32,4 casos para o mesmo grupo. Até setembro de 2017, 2.200 casos novos foram confirmados no Estado, 300 a menos que no mesmo período de 2016.

 De acordo com o diretor-presidente da Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), Bernardino Albuquerque, os desafios no combate à tuberculose são inúmeros. “O evento está com a participação de todos os 62 coordenadores municipais de tuberculose e HIV, que irão participar durante dois dias do simpósio com atualização de informações, mas principalmente avaliando o desempenho tanto na capital quanto no interior e propondo novos encaminhamentos em relação ao controle dessa doença”, salienta.

Nesse sentido, Albuquerque acrescenta que entre os avanços está a ampliação da rede de diagnóstico. “Todos os municípios realizam o exame de baciloscopia, nove municípios o exame de cultura, além da distribuição de teste rápido. São estratégias eficientes para o diagnóstico, mas precisamos identificar aqueles pacientes que não buscam o tratamento e não possuem sintomas da doença, para interromper o ciclo de transmissão da doença”, explica o diretor-presidente da FVS. Bernardino Albuquerque acrescenta que o paciente para de transmitir a tuberculose após 15 dias do início do tratamento com medicamentos.

Para a coordenadora municipal de tuberculose de Japurá, Tânia Carvalho, as distâncias geográficas no Amazonas devem ser consideradas durante a elaboração de estratégias de enfrentamento da doença. “Desde quinta-feira (12) estava viajando para poder chegar aqui em Manaus, pois sei o quanto é importante participar dessa capacitação que conta, sobretudo, com as experiências de trabalhos narrados pelos representantes dos municípios que, assim como eu, têm que superar as dificuldades diárias na rotina do serviço de controle da tuberculose”, enfatizou Tânia Carvalho.

A programação desta terça-feira, 17, do I Simpósio Estadual de Tuberculose e HIV do Amazonas inclui os seguintes temas: “Manejo da tuberculose em situações especiais”, “Ações de controle de tuberculose e HIV em populações vulneráveis”, “Ações para o controle de tuberculose e HIV no Amazonas”, entre outros.

 A integração entre os dois serviços conta com os seguintes parceiros: Frente Parlamentar Mista de Enfrentamento e Defesa dos Direitos da Pessoa com DST/HIV/Aids e Tuberculose (FRENDHAT), Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Comitê Estadual de Controle da Tuberculose no Amazonas e Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa).

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