Campanha arrecada 63 bichinhos de pelúcia para os filhotes do Refúgio Sauim Castanheiras

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A campanha de arrecadação de bichinhos de pelúcia, iniciada em novembro do ano passado, para atender a necessidade de conforto e diminuição do estresse dos filhotes de animais silvestres resgatados pelo Refúgio da Vida Silvestre Sauim Castanheiras, tem resultado positivo. Até agora foram recebidos 63 bichinhos, entregues nos pontos de arrecadação situados na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), na Vila da Prata, no Parque Cidade da Criança, no Aleixo, e no próprio Refúgio Sauim Castanheiras, no Distrito Industrial 2.

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Fotos: Arlesson Sicsú

Órfãos, os filhotes mantêm-se agarrados aos bichinhos de pelúcia como se estivessem ligados às suas mães e suprem a necessidade de carinho e aconchego. Atualmente, a unidade mantém abrigados 13 filhotes. Os animais acolhidos são mantidos em tratamento, depois de terem sido resgatados ou entregues na Unidade de Conservação.

Os bichinhos de pelúcia são destinados sobretudo aos filhotes de preguiça, macaco e tamanduá para que sintam-se mais seguros e protegidos. “O animal de pelúcia acaba funcionando como uma mãe num momento em que o filhote precisa do cuidado afetivo e calor, pois ele pensa que aquele é o corpo da mãe”, explica a chefe da Divisão de Áreas Protegidas da Semmas, Socorro Monteiro.

Socorro acrescenta que a ausência da mãe impede que o filhote desenvolva algumas habilidades, como caçar e se proteger. “E ele certamente terá 100% de chances de ser encaminhado para um zoológico, fadado à vida em cativeiro”, disse.

A campanha ganhou também o apoio de empresas do Pólo Industrial de Manaus, para as quais a equipe do Sauim Castanheiras apresentou o projeto. Atualmente, a Moto Honda e a Sony do Brasil estão se engajando à iniciativa e montando pontos de arrecadação nas suas unidades.

De acordo com o administrador do Refúgio, Rômulo Gonçalves, a ideia da campanha surgiu da necessidade de aumentar a quantidade de bichinhos de pelúcia para auxiliar no tratamento dos filhotes internados no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). “Essa necessidade é constante, uma vez que os filhotes, principalmente de macacos, preguiças e tamanduás, dependem dos bichinhos de pelúcia para que sejam preenchidas lacunas deixadas pela ausência de suas mães, desde a fase de filhote até a fase jovem”, explica. A campanha é permanente.

Cuidado parental

Alguns animais silvestres, após o período de gestação, apresentam um comportamento específico que compartilham com os seres humanos, denominado cuidado parental. Esse comportamento reflete-se no cuidado com os filhotes, que varia desde o cuidado com o ninho, como no caso dos crocodilianos e aves, até o desenvolvimento de estruturas específicas para a nutrição dos filhotes, como as glândulas mamárias e o leite nos mamíferos. Outras formas de cuidado parental são: aquecimento e manutenção de temperatura dos filhotes, por meio de contato – aves e mamíferos – e proteção contra predadores.

A proteção dos filhotes contra predadores é realizada de várias formas. Nos mamíferos, as estratégias mais utilizadas são a manutenção em ninhos ou abrigos e o transporte dos filhotes agarrados junto ao corpo. Esta última estratégia é muito usada em primatas (macacos, micos e sauins) e xenarthras (preguiças e tamanduás).

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