Anitta diz que escolheu o lado de quem é anti-Bolsonaro na política brasileira

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Ao canal La Tercera, Anitta foi sincera e afirmou que falar sobre questões políticas “é algo que ainda” não se sente confortável para fazer.

“A situação no meu país agora está muito difícil sobre esse tema [política], porque está tudo muito forte nos extremos, como se fosse água e vinho, e você tem que escolher um lado, decidir de que lado está, porque as pessoas te cobram. Como entretenimento, como cantora, eu antes não expunha minha opinião política em nada. Eu fiz isso pela primeira vez neste ano, por essa situação”, afirmou a artista, também explicando pelo menos um pouco dos motivos pelos quais não costumava se posicionar sobre o assunto.

“Sempre tive medo de me posicionar politicamente. Medo de influenciar as pessoas com algo que eu ainda não sei falar tão bem. Acho que isso é uma responsabilidade muito grande. O que aconteceu no Brasil… Eu não compreendo quem é melhor – estrategicamente economicamente, para a educação, para a economia – eu não sei te dizer. Não estudo para isso, de verdade não sei. Mas, socialmente, como artista, começaram uma onda, uma febre de colocações sociais, posições a respeito da sociedade, que não há como uma artista como eu, que representa a diferença, as minorias… Eu acho que independente do que seja necessário, não posso estimular o público a pensar que ter pensamentos anti-sociedade é algo que deve ser estimulado. Estou sempre cantando para a comunidade LGBT… Não posso estimular o pensamento de que está correto ter preconceito com algo”, declarou Anitta.

Na ocasião, ela ainda comentou sobre como gosta de usar seu trabalho para passar algum tipo de mensagem aos fãs.

“Tento fazer (com suas músicas) que as pessoas aprendam algo. Ou que não aprendam (diretamente), mas que aprendam a discutir, debater e respeitar que o outro pense de maneira diferente. Você pode pensar de maneira completamente diferente de mim, e não vou deixar de ser sua amiga por isso. Eu respeito que você tenha outros ideais em sua vida. Para mim, quando faço um clipe e chamo uma drag queen, é para colocar a drag queen na pauta. Ou se mostro minhas celulites é para que as pessoas vejam e falem sobre isso. O fato de poder conversar, sem que haja uma briga, já é um lucro : respeitar as diferenças de pensamento”, finalizou a cantora.

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